Síndrome do impostor: como enfrentar o sentimento de não ser bom o bastante

Você já teve a sensação de que suas conquistas foram sorte ou que está enganando as pessoas ao seu redor? Esse sentimento tem nome: síndrome do impostor. Muito comum entre universitários, vestibulandos e até professores, ela pode impactar diretamente o desempenho acadêmico e o bem-estar emocional. Neste artigo, vamos entender o que é essa síndrome, como ela se manifesta e como enfrentá-la de forma prática.


O que é a síndrome do impostor?

A síndrome do impostor é um padrão psicológico em que a pessoa duvida constantemente de suas habilidades, conquistas e competência, mesmo quando existem provas claras de sua capacidade. Quem sofre com isso acredita estar enganando os outros e vive com medo de ser “descoberto”.

Embora não seja oficialmente reconhecida como um transtorno mental no DSM-5, seus efeitos são reais e podem ser bastante limitantes, especialmente no ambiente acadêmico.


Como a síndrome do impostor afeta universitários e professores?

Universitários

  • Medo de não estar à altura dos colegas

  • Evitam se expor por medo de parecerem “burros”

  • Sofrem com autossabotagem, procrastinação e ansiedade

  • Têm dificuldade em reconhecer conquistas como boas notas ou aprovações

Vestibulandos

  • Sentem que nunca estudam o suficiente

  • Comparam seu desempenho com o de outros candidatos

  • Desacreditam da própria inteligência, mesmo indo bem nos simulados

Professores

  • Têm receio de não serem reconhecidos como competentes

  • Acham que não merecem cargos, promoções ou elogios

  • Sofrem com a pressão de sempre ter uma resposta para tudo


Sinais comuns da síndrome do impostor

  • Atribuir conquistas à sorte ou ajuda externa

  • Medo constante de falhar ou ser “descoberto”

  • Incapacidade de aceitar elogios

  • Comparações frequentes com outras pessoas

  • Autoexigência extrema e perfeccionismo


Como enfrentar a síndrome do impostor?

1. Reconheça o problema

O primeiro passo é identificar que esse sentimento é comum e que você não está sozinho. Grandes profissionais, cientistas e acadêmicos já passaram por isso.

2. Questione seus pensamentos

Quando surgir a dúvida “será que sou bom o bastante?”, responda com fatos concretos: notas, aprovações, elogios recebidos, projetos concluídos.

3. Compartilhe com outras pessoas

Conversar com colegas, professores ou um orientador pode ajudar a tirar o peso dos pensamentos negativos. Você verá que outras pessoas também passam por isso.

4. Pratique a autocompaixão

Ser exigente demais consigo mesmo só aumenta a pressão. Aceite erros como parte do processo de aprendizado. Todos erram — até os melhores professores.

5. Reflita sobre suas conquistas

Crie um “diário de conquistas” e anote tudo que você já conseguiu até aqui. Revisitar esses momentos ajuda a reforçar sua autoconfiança.

6. Busque apoio psicológico

Se a síndrome estiver afetando sua saúde emocional, procure ajuda profissional. A maioria das universidades oferece apoio psicológico gratuito.


Dica extra: você é suficiente!

Lembre-se: estar em uma universidade, disputar um vestibular ou lecionar já exige muita capacidade. Você não está ali por acaso. Você pertence. E sim — você é bom o bastante.

A síndrome do impostor pode ser silenciosa, mas não precisa dominar sua trajetória. Com autoconhecimento, apoio e práticas saudáveis, é possível reduzir esse sentimento e retomar a confiança no seu potencial. Afinal, você trabalhou duro para chegar até aqui — e merece reconhecer isso.

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